ADEPOL DO BRASIL PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS PARA DISCUTIR CRIMES RELACIONADOS AO PIX

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Visando propor discussões para adoção de medidas legislativas destinadas a coibir fraudes no pagamento de PIX o eminente deputado federal Delegado Antônio Furtado, solicitou a audiência pública realizada, na tarde de hoje (18/08), na Câmara Federal com participação da ADEPOL DO BRASIL através de seu Presidente Rodolfo Queiroz Laterza.

De acordo com o Deputado Federal Antônio Furtado “o PIX é um sistema que foi muito bem aceito pela população. o problema é que não podemos deixar os marginais aderirem ao sistema para praticar crimes. Antes que uma solução financeira aprovada pelas pessoas se torne um grande risco para a segurança pública, precisamos descobrir maneiras de deixar o PIX, realmente, seguro “.

Nos últimos 12 meses, já foram realizadas 115 operações por fraudes com 455 mandados de busca e apreensão e 54 mandados de prisão preventiva os dados foram apresentados pelo Chefe do Grupo Permanente de Análise da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (GPA/DRCC), Erik Pereira de Siqueira, para chamar a atenção para as questões sobre segurança financeira e dificuldades nas investigações envolvendo golpe e transferências.

– Quando acontece um golpe e o dinheiro é transferido por PIX, em 60 segundos os criminosos conseguem pulverizar o valor em, três contas bancárias de instituições financeiras distintas. Até a polícia conseguir a autorização para a quebra de sigilo bancário e chegar na terceira conta, já não tem mais nenhum valor para ser recuperado. Precisamos dar celeridade nas burocracias para não inviabilizar as investigações – considerou Erik.

A grande aceitação do PIX pela população é confirmada pelo alto número de usuários. De acordo com dados do Banco Central 93,7 milhões de pessoas já utilizaram o sistema. Quando se trata de número de transações, os números chegam a 1 bilhão por mês.

– O sistema do PIX foi a forma encontrada para democratizar e promover a inclusão financeira. Também proporcionou a concorrência entre as instituições e facilitou as formas de pagamento para a população. O PIX até um sistema novo, mas os golpes são antigos. Precisamos de uma campanha de orientação para as pessoas, mas, também, criar mecanismos para dar acesso às contas mais rápido para as forças polícias. Temos capacidade de liberar informações em 10 segundos, só que a burocracia faz com que isso seja liberado em 24 ou 48 horas – explicou Breno Lobo, representante do presidente do Banco Central.

A iniciativa de promover essa discussão e buscar alternativas que promova mais segurança e acelere os instrumentos de trabalho para a força policial foi destacada durante a audiência.

– O deputado Antônio Furtado está de parabéns por essa iniciativa, sempre se antecipando aos temas atuais e necessários. São com debates assim, que geram soluções concretas que vamos melhorar a segurança pública no Brasil – afirmou Rodolfo Laterza, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil – Adepol do Brasil.