Começa audiência pública da CPI do Assassinato de Jovens

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Começou há pouco a audiência pública promovida pela CPI do Assassinato de Jovens para debater os indicadores sobre os homicídios de jovens nos últimos anos. Participam do debate o fundador do Laboratório de Análise de Violência, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), professor Ignácio Cano; o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) professor Marcelo Nery; e o membro do Núcleo de Estudos de Cidadania, Conflito e Violência Urbana da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Michel Misse.

Pesquisas indicam que quase 60% dos assassinatos no Brasil são contra jovens. Para a presidente da CPI, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), o trabalho da comissão pode colaborar para mudar esse índice ao revelar ao Brasil que essa realidade “infelizmente existe”. A senadora lamenta que, apesar de serem tão assustadores, esses dados sejam “ignorados e invisíveis para a população”.

Lídice também acredita que a CPI pode estimular o debate sobre as razões desses números, entrevistando familiares e buscando responsáveis. Segundo ela, a comissão poderá propor políticas públicas que possam reverter ou diminuir a violência contra a juventude e sugerir propostas legislativas que valorizem a juventude.

– É fundamental abrir esse debate com a sociedade brasileira. Estamos permitindo a matança contra os jovens brasileiros, a maioria de negros, pobres, das periferias das grandes cidades. O que podemos fazer para reverter essa situação? – questiona a presidente da CPI, que tem o senador Paulo Paim (PT-RS) como vice-presidente e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) como relator.

 

 

Fonte: Agência Senado