Deputado avalia que combate às drogas no Brasil é historicamente equivocado

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O deputado Mandetta (DEM-MS) avalia que a estratégia brasileira para combate às drogas é historicamente equivocada. Ele destacou uma série de recomendações do relatório aprovado pela Câmara, na comissão especial que analisou propostas de combate às drogas na Legislatura passada.

“A política lançada há quatro anos pelo governo fez um alarde tremendo, anunciando a abertura de leitos, políticas e prevenção e tratamento, mas não levou a nada”, criticou durante audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, encerrada há pouco. Ele questionou os participantes sobre a necessidade de apresentar emendas da comissão para o setor.

O deputado Givaldo Carimbão (Pros-AL), que relatou a proposta de política de combate às drogas da Legislatura passada, lamenta profundamente que depois de quatro anos nada avançou no País. “Nenhum estado brasileiro adota políticas de prevenção. Visitei os 27 estados três vezes e não encontrei nada. Dinheiro tem, mas não está usando o que tem”, afirmou.

Prevenção
Também participou da audiência Roberto Kinoshita, coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde. Segundo ele, estudos mostram que o impacto de campanhas midiáticas de prevenção ao uso de drogas é quase nulo, por isso o Ministério trouxe do exterior metodologia de trabalho para crianças e adolescentes, que foi testada em 15 cidades, no ano passado. “Os resultados foram muito positivos”, comemorou.

A metodologia é lúdica e aplicada pelo professor em sala de aula para desenvolver habilidades sociais das crianças. Um segundo tipo trabalha a o fortalecimento das relações familiares e foi testado em 100 famílias do Distrito Federal. Ele informou que os dois métodos serão transformados em políticas nacionais.

A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), autora do requerimento para realização da audiência pública, colocou a comissão à disposição para conhecer as novas metodologias de prevenção que estão sendo testadas pelo governo.

Ela reclamou que não há leitos nos hospitais pediátricos para atender dependentes de álcool e drogas.

A audiência foi encerrada.

 

Fonte: Agência Câmara Notícias