Delegados cobram reajuste e reagem contra atraso

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A greve está descartada, mas uma paralisação de advertência é fato consensuado entre os delegados de polícia civil reunidos em assembleia geral extraordinária, convocada pela Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de Sergipe (Adepol). A assembleia aconteceu na manhã desta sexta-feira, 17, em um hotel na Praia de Atalaia, em Aracaju, mas a data da paralisação ainda não foi definida.

Para alguns pontos da pauta, os delegados já iniciaram entendimentos diretos com o secretário Mendonça Prado, da Segurança Pública. Na próxima semana, os representantes da categoria voltam a se reunir com o secretário para dar continuidade aos debates, segundo informou o delegado Paulo Márcio Cruz, presidente da Adepol.

Segundo Paulo Márcio, a pauta é extensa. Mas, no momento, os delegados estão concentrados em três pontos, considerados fundamentais: reajuste linear para garantir a reposição inflacionária de 2014, com efeito retroativo a primeiro de janeiro, contra o atraso ou parcelamento dos salários do mês de abril e ações pelo remanejamento de agentes de polícia civil e de delegados para suprir a deficiência existente em muitos municípios sergipanos.

Éverton Santos: soluções com concurso público

Segundo Paulo Márcio, há delegados trabalhando no interior sem escrivães e outros até sem agentes, enquanto há agentes e escrivães atuando em funções administrativas. “Queremos que eles saiam da atividade meio e sejam remanejados para a atividade fim”, ressaltou Paulo Márcio.

O delegado geral Éverton Santos participou da assembleia geral e revelou que a Secretaria de Estado da Segurança Pública só terá condições de solucionar este problema com concurso público. “Vamos formar 500 agentes e 100 escrivães, acreditamos que dentro de cerca de 60 estaremos fazendo os remanejamentos necessários para que a polícia possa melhorar o desenvolvimento do trabalho”, observou o delegado geral.

O secretário Sales Neto, de comunicação social, enfatizou que o Governo não tem condições de discutir, neste momento, as questões que envolvem a reposição salarial. Estas questões, segundo Sales Neto, só poderão ser discutidas com os servidores públicos a partir do mês de junho, depois que a Secretaria de Estado da Fazenda apresentar os resultados do primeiro quadrimestre de 2014.

É pretensão da Adepol, segundo Paulo Márcio, ingressar com ações judiciais para impedir o atraso ou o parcelamento de salários referentes ao mês de abril. Mas Sales Neto diz que o Governo está trabalhando para pagar os salários em dia. “A Defensoria Pública entrou com uma ação judicial neste sentido, sabe o que o Tribunal de Justiça de Sergipe fez? Arquivou porque ninguém tem provas que o Governo vai parcelar ou atrasar salários”, enalteceu o secretário.

Por Cássia Santana

Fonte: Infonet