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Combate à corrupção, por Ulisses Gabriel

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O autor é delegado de Polícia Civil e presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina (Adepol/SC)

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Foto: Divulgação

Estamos vivendo um momento ímpar da República Federativa do Brasil, decorrente das ações da Operação Lava Jato, que foi deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal em seis Estados e no Distrito Federal para cumprir 130 mandados judiciais, resultando na prisão de 17 pessoas, entre elas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como o responsável por comandar o esquema de corrupção. Depois disso, foram deflagradas mais 17 novas fases da Operação, todas com as digitais do Juiz Federal Sérgio Moro.

Essa grande ação de combate a corrução, jamais vista no Brasil, pode ser comparada a Operação Mãos Limpas. Uma investigação judicial de grande envergadura ocorrida na Itália e que esclareceu diversos casos de corrupção durante a década de 1990, sendo responsável pelo fim da chamada Primeira República Italiana e pelo desaparecimento de muitos partidos políticos, sendo importante citar que políticos e empresários envolvidos chegaram a suicidar-se, em razão de seu envolvimento na trama criminosa.

Em ambas as operações, observamos que mudanças de paradigma começaram a acontecer, tanto na Itália na década de 90, como no Brasil do século XXI, o que demonstra que a sociedade está em constante mudança e cada vez mais busca a efetivação da justiça nos casos em concreto, ainda que a corrupção possa emanar de qualquer um dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Contudo, não é só isso. Verificamos o quão gratificante é ver que a cada dia as autoridades estão se encorajando e dando início a um processo, sem volta, de combate à corrupção em todas as esferas e constatando que não só o ilegal deve ser imoral, mas também o imoral deve ser ilegal, já que a constituição estabelece que a moralidade é um dos princípios da administração pública.

Mas, mais gratificante ainda é pertencer a uma classe que não está na contramão da direção dos movimentos sociais e que impunha a bandeira de combate a corrupção, tal qual a classe dos Delegados de Polícia Civil de Santa Catarina, que com o apoio dos Agentes e Escrivães de Polícia Civil faz com que a Polícia Judiciária seja capas de realizar ações como a Operação Trojan, que em Florianópolis, ou como a Operação Última Hora, que foi desencadeada em Dionísio Cerqueira.

 

Fonte: ADJORI/SC

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