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Promotoria e polícia atuam juntas para investigar chacina em SP

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O governo de São Paulo e o Ministério Público Estadual firmaram uma parceria para investigar a chacina que resultou em 19 mortes em Osasco, Barueri e Itapevi na noite de quinta-feira (13/8).

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a ação conjunta de policiais e promotores foi definida para tentar esclarecer os crimes de forma mais rápida e para conter eventual reação de revide que preocupa as duas instituições, com nova guerra entre PMs e criminosos no Estado, como em 2012. A principal linha de investigação da chacina é que ela tenha sido uma retaliação à morte de um PM durante um assalto.

A Procuradoria-Geral de Justiça designou, nesta sexta-feira (14/8), três promotores de Justiça para acompanhar o caso: Marco Antonio de Souza e Helena Bonilha, de Osasco, e Vitor Petri, de Barueri. Além deles, acompanharão a investigação sobre os crimes o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo São Paulo e o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep).

Já o governo do Estado criou uma força-tarefa com 70 policiais civis e técnico-científicos para investigar com rapidez as ações criminosas. Além disso, o policiamento ostensivo de toda a região foi reforçado para garantir a segurança da população.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo manifestou apoio às vítimas e aos seus familiares e pediu que os ataques sejam investigados em toda a sua extensão. “Violências como essa, além de desestabilizarem a segurança pública, comprometem o Estado Democrático de Direito”, diz trecho da nota assinada pelo presidente da OAB-SP, Marcos da Costa, e pelos presidentes das subseções de Osasco e Barueri, Libânia Aparecida da Silva e José Almir.

“A advocacia paulista tem todo o interesse na manutenção de um ambiente social harmônico, para tanto é fundamental que os fatos sejam apurados com rigor e que a prioridade seja o rápido restabelecimento da segurança para a população. Tudo dentro do respeito aos ritos jurídicos e ao devido processo legal”, complementa a OAB-SP.

A polícia recebeu a comunicação do primeiro crime por volta das 21 horas e do último, aproximadamente às 23 horas. Após ter conhecimento da ocorrência, o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, se reuniu com os comandantes das polícias e instaurou uma força-tarefa de investigação composta por 50 policiais civis da região e do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Mortes em série
As execuções ocorreram na noite de quinta-feira (13/8) em municípios da Grande São Paulo e resultaram em 19 mortes e sete pessoas feridas. Os crimes ocorreram nos municípios de Barueri, onde 15 pessoas morreram, Osasco (três mortes) e Itapevi (uma morte), em um raio de 7 quilômetros, entre as 21h e as 23h.

O Instituto de Criminalística, ligado à Secretaria de Segurança Pública (SSP), divulgou neste sábado (15/8) laudos parciais da análise dos projéteis e estojos apreendidos em oito dos dez locais que registraram ações criminosas.

De acordo com as informações, divulgadas em reunião entre o Superintendente da Polícia Técnica Científica, Ivan Miziara, e o Secretário da SSP, Alexandre de Moraes, foram utilizadas as seguintes armas: 380, 9 mm, cal 45, cal 38.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, assim que o material dos últimos dois locais for periciado, o Instituto de Criminalística poderá concluir a análise conjunta e indicar se essas mesmas armas foram utilizadas em diversos locais.

 

Fonte: ConJur

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