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Autoridades explicam como SC tem um dos menores índices de mortalidade de jovens

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O secretário de Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que 1824 jovens, entre 15 e 29 anos, foram mortos no estado em casos de homicídio e latrocínio, no período de 2011 a 2015. Dessas vítimas, 290 eram negros.

Ele participou de audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a violência contra jovens e negros no Brasil. Grubba disse também que, nos casos de confrontos policiais, 62 jovens morreram, sendo sete deles negros.

Quanto às 170 pessoas desaparecidas, apenas 15 são jovens negros. Esses números são provenientes do SOS Desaparecidos, sistema coordenado pela Polícia Militar. Segundo o Mapa da Violência de 2014, Santa Catarina é um dos seis estados com menores índices de mortalidade de jovens.

Tecnologia
O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Paulo Henrique Hemm, explicou como o uso da tecnologia tem possibilitado ao estado estar entre os menos violentos. “Hoje, a ferramenta, que é a nossa tecnologia, ela vem ao encontro de uma melhor segurança. Ela torna o policial mais ágil, melhora a nossa informação e vem dando resultado justamente porque é uma ferramenta que cada vez mais evolui”, disse Hemm.

O projeto chama-se PM-SC mobile: as viaturas são equipadas com tablets e impressoras, e isso agiliza o registro da ocorrência de um crime, já que não é mais necessário preencher o registro, encaminhar para o quartel e inseri-lo no sistema. O policial faz isso da rua mesmo.

Essa ação adianta o processo de 40% a 60% e possibilita que o policial atenda a outras ocorrências. O comandante Hemm afirmou ainda que a integração das polícias Civil e Militar também tem sido fundamental para o combate à violência em Santa Catarina.

Conscientização
Ivan Ranzolin, defensor público geral de Santa Catarina, relatou que o órgão tem feito parcerias com a Universidade Federal do estado e com algumas particulares, visando conscientizar a população quanto aos seus direitos.

Ranzolim explicou a importância da ação para que se possa diminuir a violência: “O jovem tem que ser orientado, porque ele só conhece um caminho desde que nasce, o caminho da violência. O Estado vira as costas para as comunidades pobres porque dá muito trabalho levar até elas escolas, esporte, cultura. Onde tem aliança do esporte, da cultura e da escola não existe violência”.

O defensor-geral destacou ainda a ajuda recebida pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) para que o trabalho de parceria seja possível. Ele lembrou também que 20 defensores em Santa Catarina trabalham somente com jovens.

Censo
Segundo o último Censo, de 2010, Santa Catarina tem mais de 6 milhões de habitantes. Pouco mais de 1 milhão e seiscentos mil são jovens entre 15 e 29 anos. Desse total, 282 mil são negros, 16,9% da população do estado.

 

Fonte: Agência Câmara Notícias

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