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Adepol nos Estados – Delegados, escrivães e agentes da Polícia Civil podem deflagrar greve em SE

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19 de maio de 2014

Presidente do Sindicato dos Delegados explica que o Governo do Estado ainda não atendeu pleito

Delegados, escrivães e agentes da Polícia Civil podem deflagrar greve em SE

Kássio: sem descartar greve

 

Por Joedson Telles  

 

O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe, o delegado Kássio Viana, diz nesta entrevista que a categoria ainda acredita nas negociações com o Governo do Estado, mas se o pleito não for atendido, haverá, sim, uma greve em todo o estado– inclusive com a possibilidade de participação de escrivães e agentes. “Caso não haja nenhuma sinalização no sentido de nos contemplar, a categoria poderá aprovar o indicativo de greve em reunião que já foi marcada para o dia 11, à tarde. Por outro lado, mantivemos contato com a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe e fomos informados pela diretoria daquela entidade que os mesmos já convocaram assembleia para o mesmo dia, afim de também avaliar a resposta do governo e decretar ou não a greve”, disse Kássio Viana.

 

Como estão as negociações dos delegados com o Governo do Estado?

Desde a primeira gestão ex-governador Marcelo Déda, os delegados de Polícia Civil incluíram em sua pauta de negociação a progressão automática da carreira nos moldes da legislação da Policia Federal. Somos uma carreira jovem e se a legislação continuar como está, os Delegados de Polícia, dificilmente, ascenderão na carreira, e muitos se aposentarão na classe inicial. Na última reunião realizada como o governador Jackson Barreto, no dia 31 de março, ele determinou a criação de uma comissão para tratarmos do assunto com prazo de 60 dias de duração na qual estarão presentes representantes do Sindicato dos Delegados e Sindicato dos Policiais Civis que têm pleitos semelhantes. Na citada reunião, os auxiliares do governo justificaram a necessidade da formação da comissão e o prazo de conclusão por estarem tratando exclusivamente da legislação dos servidores da administração geral. Entretanto, fomos surpreendidos, no dia 3 de abril, com o encaminhamento de vários projetos de lei à Assembleia Legislativa, inclusive o que proporcionou a progressão na carreira de oficiais e praças da Policia Militar, o que nas palavras do governador representa a maior ação estratégica na política de valorização implementada por um Governo Estadual, igualando-se em importância ao reajuste salarial implementado no ano de 2009 (vide mensagem governamental). Sendo assim, não só os delegados como os demais servidores da Polícia Civil, agentes e escrivães de policia, ficaram sem entender o motivo de um prazo tão dilatado para a resolução da progressão nas carreiras, tendo em vista para que para o projeto da Polícia Militar não houve necessidade de criação de comissão, mesmo se tratando de pleitos similares.

 

E a comissão já se reuniu com os Sindicatos da Polícia Civil?

Infelizmente não. Mas fomos informados pela secretária adjunta da Seplag que a comissão foi criada dia 08 de abril, e a primeira reunião marcada para o dia 11 de abril às 10:00 horas da manhã.

 

Qual a expectativa do Sindicato dos Delegados de Policia e, sobretudo, da categoria?

Como o Governo do Estado conseguiu, em uma negociação bem sucedida com o comando da Policia Militar e seus subordinados achar uma saída para destravar as promoções dentro daquela instituição, temos convicção que a mesma fórmula poderá ser utilizada para permitir a progressão nas carreiras da Policia Civil, que já tem o mesmo assunto pautado há muito tempo.

 

Ainda existe a possibilidade de greve da categoria?

Não é fácil conter uma categoria que só recebeu “não” deste governo e assistiu de perto a valorização de todas as demais carreiras no Estado de Sergipe. Como a progressão automática na Polícia Civil depende, exclusivamente, da vontade do governador Jackson Barreto, esperamos que já na primeira reunião da comissão possamos ter uma sinalização concreta e positiva por parte do Estado, vez que a equipe técnica do governo já sabe o que queremos e a forma de implementação. Caso não haja nenhuma sinalização no sentido de nos contemplar, a categoria poderá aprovar o indicativo de greve em reunião que já foi marcada para o dia 11, à tarde. Por outro lado, mantivemos contato com a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe e fomos informados pela diretoria daquela entidade que os mesmos já convocaram assembleia para o mesmo dia, afim de também avaliar a resposta do governo e decretar ou não a greve. Portanto, existe, sim, uma possibilidade concreta de greve ou atos mais concretos de mobilização não apenas dos delegados de polícia, mas de toda a Polícia Civil.

 

Da redação Universo Político.com

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