Artigo da ADEPOL DO BRASIL ganhou destaque nos últimos dias, abordando a demora na implementação do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) no Brasil. Assinado pela diretora Raquel Gallinati, o estudo traz à tona alguns dos motivos que mantêm o programa “em modo de espera”.
“A implementação do SUSP exige um esforço de negociação significativo com os 27 governadores e o Congresso Nacional, o que depende diretamente da discricionariedade e do interesse político dos Estados.
A necessidade de integrar de forma efetiva as forças de segurança, com a extensão e profundidade requeridas, posiciona o governo federal como figura central no âmbito da segurança pública. Esse cenário, por sua vez, poderia acarretar em um desgaste político, uma vez que implicaria na atribuição de responsabilidades adicionais à União, as quais não estão previstas no artigo 144 da Constituição. Talvez por isto a falta de interesse do governo federal em assumir um papel mais ativo na segurança pública. Ao contrário, o próprio Governo desmantela seus próprios programas conforme mudam os nomeados para funções de confiança, os quais preferem focar em anúncios bombásticos para a grande imprensa de ideias inexequíveis ou que violam o Pacto Federativo e até a legislação do SUSP”, analisa Delegada Raquel em trecho do artigo.