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Comissões discutem problemas de segurança oriundos da entrada de imigrantes

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As comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Direitos Humanos e Minorias discutem nesta manhã os problemas na área de segurança pública oriundos da entrada de haitianos e demais imigrantes pela fronteira do Acre. A audiência foi pedida pelos deputados Rocha (PSDB-AC), Subtenente Gonzaga (PDT-MG) e Arnaldo Jordy (PPS-PA).

O deputado Rocha lembra que, desde 2011, o estado se transformou em porta de entrada para diversos imigrantes, porém sem os devidos controles sanitários e de segurança por parte do governo brasileiro. “São haitianos, senegaleses, angolanos, jamaicanos, enfim, pessoas de diversas nacionalidades que estão entrando no território brasileiro sem nenhum tipo de controle”, observa o parlamentar.

“Não sabemos se está entrando alguém com uma doença infectocontagiosa grave, se tem envolvimento com o crime ou mesmo com algum grupo terrorista. Esse controle não é feito. Nossas fronteiras estão escancaradas para qualquer pessoa”, alerta. Segundo Rocha, o governo brasileiro não sabe sequer o número oficial dos imigrantes que cruzam a fronteira pelo Acre.

38 mil haitianos
Já o deputado Arnaldo Jordy cita dados da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que calcula em 38 mil o número de haitianos que entraram no Brasil pelo Acre, de forma irregular.

Jordy, que pertence à Comissão de Direitos Humanos, lembra que esses imigrantes são vítimas dos chamados coiotes, agenciadores que cobram entre U$ 3 mil e U$ 8 mil para trazer os haitianos ao Brasil, passando por uma rota que também inclui Equador e Peru.

Sem condições de estadia nem emprego em Rio Branco, muitos desses imigrantes se deslocaram para São Paulo, inclusive com financiamento do governo acreano.

Critérios mais rígidos
O deputado Rocha pretende cobrar critérios mais rígidos do governo brasileiro, a exemplo do que fizeram Itália e Estados Unidos na tentativa de evitar imigrações ilegais.

“Inclusive o estado do Acre e governo brasileiro estão patrocinando alimentação, pousada e o transporte dessas pessoas. Dinheiro que falta para o brasileiro. Eu não sou contra a entrada de imigrantes, mas acho que devemos ter critérios”, afirma.

Rocha classifica o rigor no controle das fronteiras como fundamental, sobretudo às vésperas da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, quando o País poderá tornar-se alvo de ações terroristas.

Convidados
– o secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Beto Vasconcelos;
– o ouvidor da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Antônio Torres;
– o secretário de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Aloísio de Toledo César;
– a coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Erradicação do Trabalho Escravo e Refúgio da Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Juliana Felicidade Armede;
– o delegado do Departamento de Inteligência da Polícia Civil da Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo, Maurício Correali; e
– a imigrante haitiana Nadine Talleis.

A audiência ocorrerá no plenário 3, a partir das 10 horas.

 

 

Fonte: Agência Câmara Notícias

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